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A logística por trás das cargas restritas: O papel dos terminais de carga aérea em operações de alta complexidade
Imagine a seguinte cena: um frasco de vacina, ultrassensível à temperatura, precisa cruzar o oceano, mantido entre 2ºC e 8ºC, sem desviar um único grau. Em outro ponto do mundo, uma carga de baterias de lítio, fundamental para celulares e veículos elétricos, segue viagem sob rígidas medidas de segurança. Dois cenários diferentes e um mesmo desafio: transportar cargas que exigem cuidado extremo.
É nos terminais de cargas aeroportuárias, onde é necessária uma coordenação milimétrica e alta tecnologia, que começa uma verdadeira engenharia logística para movimentação e armazenagem dessas cargas restritas. E é aí que começa nossa história.
Mas o que são cargas restritas, afinal?
Cargas restritas são mercadorias que, por representarem algum risco à saúde, segurança, meio ambiente ou por exigirem condições especiais, não podem ser transportadas como cargas comuns. Incluem substâncias químicas, materiais radioativos, medicamentos, explosivos, armas, baterias de lítio, líquidos inflamáveis e até animais vivos.
Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), mais de 1,25 milhão de remessas de cargas perigosas são transportadas anualmente apenas pelo modal aéreo. E o número cresce à medida que a indústria farmacêutica e de tecnologia avança.
O papel vital dos terminais de carga aérea
Antes de falar dos terminais de carga aérea, é importante destacar que, para cargas restritas, onde o tempo e a estabilidade são essenciais, o avião é insubstituível. Além disso, o transporte aéreo opera com protocolos de segurança internacionalmente padronizados, reduzindo drasticamente os riscos de acidentes ou danos às cargas e às pessoas envolvidas.
Neste contexto, os terminais de cargas em aeroportos são verdadeiros centros de inteligência logística. São eles que transformam um processo altamente técnico em uma operação fluida e segura. Eles conectam produtores, governos, laboratórios e consumidores com velocidade, agilidade e rastreabilidade.
Quando falamos de cargas restritas, não há espaço para erros. Cada segundo conta, cada grau faz diferença, cada protocolo é vital. Armazena-las não é simplesmente colocá-las em um armazém. Cada tipo exige um ambiente específico:
– Produtos químicos podem demandar ventilação especial e contenção para vazamentos.
– Medicamentos precisam de câmaras frias com monitoramento constante.
– Baterias de lítio devem ser isoladas e identificadas com sinalização clara de risco.
Além disso, para operar com cargas restritas, o terminal precisa estar em conformidade com uma série de exigências nacionais e internacionais. Entre elas: certificação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para movimentação de cargas perigosas; homologações da IATA, que garante que o terminal segue o manual de mercadorias perigosas (DGR – Dangerous Goods Regulations); certificados de Boas Práticas de Armazenagem, especialmente relevantes para o setor farmacêutico.
E é por isso que, por trás de cada remessa sensível que cruza os céus, é fundamental que existam terminais altamente preparados: com estrutura, certificações e equipes especializadas. Nos terminais operados pela Pac Log, presentes nos principais aeroportos do país, cada detalhe é planejado para garantir que essas cargas cheguem com segurança, precisão e no tempo certo.